A terapia nutricional é uma estratégia efetiva e importante que visa a recuperação calórica dos pacientes que dela necessitam, além de otimizar a recuperação dos doentes após grandes traumas.
Existem diversas modalidades de terapia nutricional, assim como combinações de micro e macronutrientes que serão estabelecidos conforme o estado bioquímico atual e dos objetivos terapêuticos a serem alcançados.
No contexto hospitalar, esse tipo de terapia deve ser avaliado e acompanhado por meio de uma equipe multidisciplinar composta também por nutricionistas, clínicos, nutrólogos, farmacêuticos e enfermeiros.
Quer saber mais sobre a terapia nutricional? Então, acompanhe o nosso post sobre o assunto!
Assim como qualquer outro profissional de saúde, cabe ao nutricionista hospitalar fazer uma anamnese completa no paciente e estabelecer um diagnóstico conforme as informações obtidas.
Para tanto, esse profissional vai iniciar o processo de terapia por meio do levantamento das carências de nutrientes, avaliando sintomas ou relatos dos pacientes e verificando exames laboratoriais, dentre outras ações
A partir dos dados coletados, o nutricionista elaborará a hipótese diagnóstica que deve ser discutida com outros membros da equipe multidisciplinar em terapia nutricional, pois cada um contribuirá com atribuições específicas.
Isso porque qualquer intervenção da nutrição influenciará na assistência dos demais profissionais, principalmente quando é necessário suspender ou alterar a dieta do paciente em virtude de novos acontecimentos.
Além disso, existem situações em que o nutricionista é solicitado para prevenir problemas após os procedimentos cirúrgicos, como é o caso da cirurgia bariátrica em que retorno alimentar deve ser supervisionado.
Diante do quadro clínico do paciente e do prognóstico, a terapia nutricional será modificada periodicamente desde a intervenção para dietas mais restritivas ou para mais diversificada, conforme a evolução do caso clínico.
Portanto, o processo da terapia nutricional inicia-se com uma anamnese inicial, levantando todas as hipóteses diagnósticas, introdução de intervenções e acompanhamento da evolução do quadro clínico.
A terapia nutricional envolve desde a escolha do tipo de dieta com características específicas tais como hipossódica, hipocalórica, laxante ou constipante, até a mais complexa que envolvam administração parenteral de vitaminas.
De qualquer forma, tudo deve ser bem explicado, principalmente em relação aos horários de ingestão, sequência de administração e alerta para complicações durante a introdução das dietas.
Outra classificação da terapia nutricional é sobre a forma de administração, sendo enteral ou parenteral. No primeiro caso, é indicado para pacientes com o sistema gastrointestinal funcionante e a dieta é dada pelo cateter nasoentérico.
Na dieta enteral, são inseridos compostos para serem absorvidos no intestino funcionante do paciente, sendo uma terapia menos invasiva e mais segura, se comparada à nutrição parenteral hospitalar.
No entanto, é crucial observar o posicionamento adequado do cateter, fazer higienização regular deste material para evitar contaminação ou entupimento, comprometendo a sua função.
A terapia de nutrição parenteral é administrada em cateteres venosos apropriados para essa finalidade, sendo que a responsabilidade pela manipulação é do farmacêutico, devido às incompatibilidades físico, química e microbiológica que podem ocorrer durante o preparo.
A nutrição parenteral é preparada em cabines de segurança biológica, com a introdução dos compostos em sua forma final para absorção pelo sangue, para evitar sobrecarregar o intestino debilitado do paciente.
Para todos os tipos listados, é imprescindível verificar a aceitabilidade do paciente, se ocorrer alguma intoxicação, avaliando, inclusive, a necessidade de mudanças no aporte de nutrientes daquele paciente.
Os objetivos terapêuticos de uma terapia de nutrição é restabelecer o estado fisiológico do paciente ou evitar complicações a longo prazo. Nesse sentido, qualquer intervenção dever ser direcionada a essa meta.
Sendo assim, alguns pacientes demandam por dietas que otimizam a recuperação muscular, outros necessitam de mais hidratação devido à perda desproporcional de água evidenciada nos processos patológicos.
Outros doentes precisam de complementação ou suplementação nutricional para atingir os limites máximos recomendados enquanto outros terão sua dieta suspensa, pois já entraram em estado paliativo.
Em todas essas frentes de trabalho, é fundamental que o nutricionista acompanhe a evolução do paciente por meio de marcadores bioquímicos, exames hematológicos e outros específicos para a doença diagnosticada.
Isso porque alterações renais e hepáticas também impactam na absorção e excreção de nutrientes, assim como no funcionamento de outras glândulas como o pâncreas, estômago etc.
O nutricionista atuante no ambiente hospitalar terá responsabilidades de monitorar a dieta dos pacientes internados em regime ambulatorial, como também acompanhará diariamente o tratamento dos doentes mais críticos.
Outra atuação importante desse profissional é trazer um paladar mais agradável nas dietas para os doentes internados, fazer combinações nutricionalmente mais interessantes e orientar os demais colegas de equipe.
São também responsabilidade desses profissionais a diversificação das texturas das dietas para pacientes com dificuldade de deglutição, trabalhando junto ao farmacêutico quando for solicitada a utilização das sondas de alimentação para administrar medicamentos, entre outras atividades.
Os nutricionistas também podem fazer pesquisas clínicas relacionados a um grupo específico de pacientes, principalmente aquelas que envolvam disfunção do sistema gastrointestinal que impactarão na ingestão alimentar adequada.
Dessa forma, os nutricionistas são responsáveis por analisar integralmente todas as patologias que interferem na funcionalidade da absorção de nutrientes e como esse processo está ocorrendo de forma a evitar sua disseminação maior.
No entanto, atuar em hospitais no atendimento a pacientes críticos às vezes é uma escolha inicial, mas alguns profissionais não se adequam ao ambiente e se frustram diante do cenário vivenciado.
Para aqueles profissionais que ingressaram nessa especialidade, mas depois se interessam por outra como a carreira em nutrição esportiva, é recomendável mudar de foco e abrir um consultório para atender outro tipo de paciente.
A terapia nutricional é uma ferramenta crucial na recuperação do doente hospitalar. Para tanto, ela deve ser prescrita, acompanhada e modificada, se necessário, pelo profissional nutricionista que trabalhará na equipe multidisciplinar destinada a essa finalidade. Assim como será responsável por fazer o controle de qualidade das dietas preparadas e adquiridas na instituição hospitalar.
Agora que já compreendeu as responsabilidades do nutricionista hospitalar, entre em contato conosco e obtenha mais informações sobre como se tornar esse profissional!
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